A obesidade é uma doença de extrema prevalência na população que pode causar riscos à saúde como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras, reduzindo a qualidade de vida e a expectativa de vida.
O índice de massa corpórea (IMC) é uma das principais medidas da obesidade e é calculado pelo peso sobre altura ao quadrado. O resultado entre 18 e 25 é considerado normal. De 25 a 30 é caracterizado sobrepeso. De 30 a 35 obesidade grau l, 35 a 40 grau II e acima de 40 obesidade grau III ou mórbida.
A cirurgia é indicada quando o paciente possui estabilidade do peso por mais de 5 anos, associado a um IMC acima de 40 ou acima de 35 com algum problema de saúde relacionado a obesidade, além da falta de sucesso no tratamento clínico.
Recentemente o Conselho Federal de Medicina ampliou o número de doenças relacionadas à obesidade que tem indicação de cirurgia. Antes as patologias eram diabetes, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana e osteo-artrite. Agora já estão incluídas mais 21 doenças, como pedra na vesícula biliar, refluxo gastrosofágico, hérnia de disco, asma e até infertilidade.
Há poucos anos, através de diversos estudos, foi descoberto que a cirurgia bariátrica, principalmente as técnicas que desviam o intestino, promovem a liberação de hormônios que estimulam a secreção de insulina pelo pâncreas, trazendo por consequência uma melhora do diabetes. Por esse motivo as cirurgias ganharam a denominação de Metabólicas.
Esse fato pode ser comprovado por vários trabalhos científicos demonstrando a normalização das elevadas taxas de glicose de diabéticos submetidos à cirurgia em 80% a 90% dos casos. Desta forma, os benefícios aos pacientes são tão importantes que já existem discussões para que futuramente a cirurgia possa ser liberada em pacientes portadores de diabetes com IMC acima de 30, e não mais de 35.
Para que haja um maior sucesso da cirurgia e redução de complicações, é fundamental que o paciente seja acompanhado e liberado pelos seguintes especialistas: endocrinologista, psiquiatra ou psicólogo, cardiologista e nutricionista.
A avaliação com um cirurgião vascular também é muito importante para a diminuição do risco de trombose venosa das pernas e por consequência o tromboembolismo pulmonar.
É sempre importante salientar que o acompanhamento com os especialistas citados acima não deve se restringir somente antes da cirurgia, pois o acompanhamento no pós-operatório reduz de forma significativa o risco de recuperação de peso e permite uma melhor aceitação da nova forma de se alimentar.
Além do mais, há a necessidade do controle da perda de vitaminas que poderão ocorrer principalmente após as cirurgias que reduzem o intestino, sendo fundamental a reposição para não ocorrerem distúrbios nutricionais no paciente operado.
Nos tempos iniciais da cirurgia bariátrica, as técnicas utilizadas eram acompanhadas de um alto risco de complicações. Porém, com o desenvolvimento dos procedimentos cirúrgicos, além do acúmulo de experiência dos profissionais e melhor treinamento dos novos cirurgiões, os índices de complicações reduziram drasticamente. Atualmente as duas principais técnicas mais utilizadas são: Bypass (secciona o estômago e o intestino) e Sleeve (secciona somente o estômago).
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